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CREMAÇÃO

A cremação surgiu há milhares de anos

Gregos e romanos utilizavam a cremação em 1.000 a.C. e 750 a.C., respectivamente. Nessas sociedades, o processo era considerado um destino nobre aos mortos. Existem suspeitas de que, numa região da Austrália (lago Mundo), as cremações ocorriam há mais de 20.000 anos.

Como funciona o ritual da cremação

Os prazos: a primeira coisa importante a saber é que a lei brasileira impede que um corpo seja cremado antes de 24 horas desde o falecimento. Como aqui no Brasil temos a cultura da rapidez dos rituais fúnebres post-mortem e é comum que o funeral seja feito o mais breve possível, esse tempo extra pode causar algum incômodo para as famílias.

Autorização e Atestado de Óbito: em caso de morte natural ou violenta, a autorização para a cremação exige que 2 médicos assinem o atestado de óbito. O falecimento fora do ambiente hospitalar requer que o médico que acompanhava o falecido forneça o atestado. Caso contrário, o corpo deve levado ao Instituto Médico Legal (IML). Em caso de morte violenta, é obrigatório encaminhar o falecido para o IML. A lei exige uma autorização judicial para o funeral, que pode ser obtida em cartórios ou juizados que funcionam 24 horas. Apenas pais, cônjuges, irmãos e filhos podem autorizar uma cremação.

A cerimônia: depois do tempo estipulado para o velório, o caixão é fechado e levado para o local de onde será feita a cerimônia de cremação, e somente então é conduzido ao forno crematório. Para os familiares e amigos, a cerimônia termina ali, mas a cremação propriamente dita pode ser feita horas ou dias depois. Até a colocação do caixão no forno, o corpo é mantido resfriado em geladeira. O corpo resfriado pode ser conservado por até 30 dias.

O forno crematório: o corpo é cremado individualmente no forno crematório a 900 graus centígrados e o processo dura entre 1 hora e meia e 3 horas. Qualquer metal que for levado com o corpo (jóias, acessórios, etc) desaparece a essa temperatura. A exceção são os eventuais marca-passos que tem que ser previamente retirados pois explodem no forno e as próteses de platina que, com a autorização da família, serão recolhidas das cinzas e encaminhadas a empresas de reciclagem de metais. Finda a cremação restam, entre as cinzas, fragmentos de ossos que serão processados em máquinas próprias e então misturados na urna entregue às famílias. É permitido aos familiares que assim desejarem assistir ao processo de cremação ou ligar o forno. Certas culturas e religiões incluem esta prática no ritual de despedida de seus entes queridos.

As cinzas : a família escolhe, além do caixão, que tipo de urna deseja para depositar as cinzas da pessoa. Hoje já são disponibilizadas, entre as opções de material, a urna hidrossolúvel em água doce ou salgada. Há também as biodegradáveis que incluem ou não sementes que germinarão no solo. A entrega dessa urna será feita em dia previamente combinado e inclui uma nova cerimônia. Até a data agendada para a cerimônia de entrega, a urna ficará no crematório em um columbário onde fica exposta em uma estante de vidro em nichos que podem incluir adornos e objetos da pessoa falecida. Se os familiares não forem buscar as cinzas (o que ocorre em mais ou menos 10% dos casos) as urnas ficam em um cinerário , uma estante fechada. Alguns crematórios particulares não jogam fora as cinzas sob nenhuma hipótese. Se não forem recolhidas pela família serão mantidas ali para sempre.

O que fazer com as cinzas: quem decide cremar um ente querido geralmente o faz para atender um pedido da pessoa falecida. Essa decisão costuma incluir o destino das cinzas que , conforme desejo do falecido, serão espargidas em locais com significado especial. É bom se informar antes sobre as possibilidades e os eventuais impedimentos dessa prática. As cinzas pesam de 2 a 3 quilos e podem ser divididas para os membros da família que as desejarem. Se o desejo do falecido for ter suas cinzas levadas para fora do país, esse ritual vai exigir uma urna própria para exportação e documentação específica para levá-la na viagem. É proibido espargir as cinzas em determinados lugares públicos como rios, lagos, praças e pontes. Existem empresas que podem ser contratadas para colocar a urna no fundo do mar com um geolocalizador. Outras podem dividir as cinzas em pingentes e também oferecem a transformação das cinzas em diamantes ou cristais.